OUVIR
Texto de Ederson Ribeiro Costa
Há gritos...palavras, atos...ecos e um bater de coração abafado, longínquo...
Você consegue ouvir?
Tape os olhos, os ouvidos, a boca...é só sentir...o silêncio.
"Perdi-me dentro de mim Porque eu era labirinto E hoje, quando me sinto, É com saudades de mim."
Então, é como a canção do Roberto Mendes, "Vila do Adeus":
ResponderExcluirHistórias que não contam mais
Quando o barco perde a praia
Quando tudo diz adeus
O céu desmaia, a luz do dia não raia
Pois se apaga a luz do céu
A dor se espraia feito pé-de-samambaia
E antes que a noite caia
Apaga a lua
E a saudade então flutua
Como um bólido luzente
E dentro dela a gente vai...
Histórias que não voltam mais
Quando os lenços cortam os laços
Num definitivo adeus
Nenhum abraço, nenhum sol nos olhos baços
Nem um traço, nem um véu
Apenas o silêncio e o som de Deus
Só o silêncio
E o som de Deus...
É, meu amigo, Drummond estava errado: a poesia não é incomunicável, você é prova disso! Abraço!
ResponderExcluirMas talvez Drummond, no seu trabalho funesto como funcionário público pra que pudesse pagar as mazelas das delícias de ser poeta... talvez Drummond estivesse esquecido que duas vontades sempre se comunicam...
ResponderExcluirMais que a prova de "reconhecer" um amigo, um irmão da poesia (que hj o Google nos favorece) é o próprio Drummond, vogando agora em outros ares, fazendo o espaço largo de nossas vontades pela boa palavra acontecer...
Não existe o acaso, e a poesia é prova disso!
Amplexos! =D