"Perdi-me dentro de mim Porque eu era labirinto E hoje, quando me sinto, É com saudades de mim."

domingo, 19 de junho de 2011

QUEBRAR PROMESSAS

Ontem me quebraram uma promessa.




Prometer é algo muito sério, etmilógicamente podemos fazer a seguinte asserção:

Eu prometo - esta palavra é formada por pro- mais mittere, “mandar, enviar”. prometer, no início, queria dizer apenas “enviar adiante, mandar à frente” mas, através da acepção de “dizer antes, prever”, passou a “levar a esperar”, que é o resultado de uma promessa.

Portanto, quem promete leva a esperança.



Entretanto, além da licença poética, que de fato traz o sentido acima encontrei algo que me encantou, prometer é algo que depende de esforço, compromisso, trabalho, por fim, de tudo que demande maior esforço e vontade do próprio prometedor. Veja abaixo:

Promesa, sin embargo, según el origen del término, constituye un ánimo, una tendencia, un esfuerzo para cumplir algo que no existe, pero que se cumplirá con mi tesón, con mi esfuerzo y con mi labor.
De otra manera, no se puede prometer lo que no depende de uno. "te prometo que el hombre irá a Marte" no es posible decirlo (según el significado tradicional del término) porque yo solo puedo prometer lo que yo haré, no lo que en manos de otro quede.

Portanto, só quem promete pode cumprir, e sómente eu posso prometer o que fazer ou não, ninguém poderá fazê-lo por mim.



No sentido anterior é enviar adiante, e depois levar a esperar, ou mais ainda, levar a esperança...e quem quebra uma promessa  não leva nada adiante, fica onde esta, não leva a esperar nada, fica vivendo sem emtas, ao léu. E mata a esperança, para mim, o maior pecado contra si, matar a esperança é matar a vontade de viver e do outro se encantar, esperar, surpreender-se...por fim, esperar que o prazer venha.



Ainda tenho esperanças, ainda prometo e ainda cumpro, que pena aos que quebram promessas.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Desvelar

Ontem tive, depois de um "chilique" e da braveza, um processo de iluminação. O mundo repentinamente se develou para mim. O ódio, a mágoa, a braveza com o outro se transformou na clareza da reponsabilidade de tudo para mim.


Eu era responsável por me chatear, por me magoar, por ficar bravo...era eu, simplesmente eu que esperava de outra pessoa o que era desejo, vontade e necessidade minha. Culpa? Não, mas um "dar-se conta". Me dei conta, singelamente, parecia que o mundo ficara simples, sem nenhuma contradição, eu era responsável por tudo, cabia a mim, só a mim, voltar a ser dono de mim e do meu querer, do meu necessitar, do meu desejar, da minha vontade.




Sei que parece estranho o que digo acima, entretanto, quem já experiênciou o desvelar se da conta do quanto atribuimos ao outro o que realmente nos pertence: a escolha do que somos, queremos e podermos ter e ser diante do que atribuimos ao outro. Obviamente não me coloco no simplismo de atribuir a somente isso o que somos, a multiplicidade de fatores como os culturais, históricos, sociais e outros mais existem; me refiro a quanto atriuimos ao outro o que nos é de direito: a escolha do que queremos...é mais fácil atribuir a responsabilidade ao outro e não assumir o que é nosso.


Quero ser profundamente amado, profundamente amante, quero ser cuidado e cuidador, quero ser beijado na manhã, quero rir e chorar compartilhando o viver. Quero mais que tudo isso...quero naturalmente crescer enquanto gente, enquanto sentimento. Quero ser quem realmente sou...
Não quero pedir nada, quero ter tudo o que me é de direito...que construi e lutei para ter, ser, viver, compartilhar.


Não quero ninguém aos poucos ou pela mentade ou com medo, "se pleno, interiro" como diz o poeta...estou agora inteiramente aqui.

Aproveitar o que nos oferece a vida é sabedoria, construir o que se quer na e da vida é para raros, sabedoria em dobro.


O desvelar deveria me visitar mais vezes,  para todos que eu amo também, não perderíamos tanto tempo nadando contra a corrente, curtiriamos a corrente e a paisagem desse rio da vida...nos velando além do que achavamos que poderíamos.