Entendi, naquele momento. Estou fazendo você sofrer.
Você não confia em mim, se sente em meio a amarras,
cobranças, com falta de liberdade.
Como posso não deixar você ir? Eu iria se acontecesse
assim.... se comigo, se meu sentido fosse esse.
Se eu me sentisse, como você, obrigado a fazer o que não
quero.
Não entendo, então, porque perdeu tanto tempo comigo, nestes
dias, pedindo para não brigarmos, entrando no carro e me beijando antes de ir
para sua casa.
Não compreendo o que passou...porque lutou para arrumar as
coisas e depois desistiu delas.
Ouço, agora, Cartola... “vai chorar, vai sofrer. E você, não
merece, mas isso acontece....”
Creio que mereço.... me perdoe te fazer sofrer, me perdoe não
te ajudar, não te fazer bem, feliz. Perdoe a mim...
Você atrasou novamente e descumpriu mais uma de sua
promessas... foi embora.
Eu estou aqui, sem poder fazer nada, sem segurar... pois não
posso te machucar mais.
Assim, ela dobrou a
carta, colocou entre seus pertences e fechou a porta.
Ele não leu a carta, mas segurou a porta. Pensou em voltar,
mas lhe faltava coragem, precisava novamente consultar outros para possibilitar
que pensasse... que pensava que estava fazendo a coisa certa.
Assim terminou este conto, pela metade, pois lhe faltava
coragem para continuar... te fazer sofrer.
Ederson Ribeiro Costa, ao som de Esquece composta por Cartola
e interpretada por Patrícia Marx, numa noite quente de verão de dezembro as
02h09m.
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