"Perdi-me dentro de mim Porque eu era labirinto E hoje, quando me sinto, É com saudades de mim."

domingo, 20 de junho de 2010

Presença ausente.


Presença ausente.
Ederson Ribeiro Costa – 06.03.2007

A sua presença na ausência
De quando olho pra lua
Na rua, mesmo assim, nua
No meu pensamento, indecência

A minha triste demência
Meu coração, meu mundo, minha alma
A ausência na presença
No espelho em que não me encontro, calma

Olha pra mim
Esquece o fim
O meio de terminar de começar
A esquecer o que eu lembro

Sua presença, mesmo na ausência
Que me sufoca de lembrar
Que não me esqueço
Mesmo quando há começo e terminar

Na rua, na cama, decepção
Não fecho os olhos pra ver
Não abro a boca pra conter
Quando posso ver e dizer

Como você se chama
Como você me chama
Chama...presente mesmo na ausência
Chama...lá no meu portão

Mesmo que for pra me mandar
Pra dentro do furacão
Que é estar com você
Quando ausente, mesmo presente.

No inferno da solidão...que é ter você
No céu, clarão....que é ter você
No mundo comum...que é ser eu
Mesmo presente em você e ausente em mim.


5 comentários:

  1. Se se amam ou deixam-se amar
    Se se beijam ou deixam-se oscular
    Se se querem ou se mais querem trucidar
    Isso é coisa de amor, de amar
    De sentir, de tocar pele em pele
    Em que toda a força se revele
    Numa paixão fundamental
    Num sorriso sem igual
    Num sentir-se mais feliz
    Num querer ter mais carinho
    Num querer ter mais olhares
    Num perder-se em desalinho
    Com o meio que abalares.

    (trecho de "Da paixão e suas mazelas", de Silvestre de Vasconcellos)

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  2. Belissimo e tocante poema amigo!
    Fez-me viajar recordações mal enterradas...
    Abração!

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  3. NOssa, obrigado, não imaginei que tocaria tanto, na verdade é uma música, até já gravada por um cantor local, com algumas adaptações em minha letra original (que é esta)pena que não tenho para te enviar...obrigado pela gentileza e pela poesia...estou meio que abalado, risos. Beijo em seu coração.

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  4. Meio que abalado?
    Caro amigo, não te quero provocar problemas...

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  5. Risos, não, não há problemas, o abalo é simbólico.

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