Presença ausente.
Ederson Ribeiro Costa – 06.03.2007
A sua presença na ausência
De quando olho pra lua
Na rua, mesmo assim, nua
No meu pensamento, indecência
A minha triste demência
Meu coração, meu mundo, minha alma
A ausência na presença
No espelho em que não me encontro, calma
Olha pra mim
Esquece o fim
O meio de terminar de começar
A esquecer o que eu lembro
Sua presença, mesmo na ausência
Que me sufoca de lembrar
Que não me esqueço
Mesmo quando há começo e terminar
Na rua, na cama, decepção
Não fecho os olhos pra ver
Não abro a boca pra conter
Quando posso ver e dizer
Como você se chama
Como você me chama
Chama...presente mesmo na ausência
Chama...lá no meu portão
Mesmo que for pra me mandar
Pra dentro do furacão
Que é estar com você
Quando ausente, mesmo presente.
No inferno da solidão...que é ter você
No céu, clarão....que é ter você
No mundo comum...que é ser eu
Mesmo presente em você e ausente em mim.
Se se amam ou deixam-se amar
ResponderExcluirSe se beijam ou deixam-se oscular
Se se querem ou se mais querem trucidar
Isso é coisa de amor, de amar
De sentir, de tocar pele em pele
Em que toda a força se revele
Numa paixão fundamental
Num sorriso sem igual
Num sentir-se mais feliz
Num querer ter mais carinho
Num querer ter mais olhares
Num perder-se em desalinho
Com o meio que abalares.
(trecho de "Da paixão e suas mazelas", de Silvestre de Vasconcellos)
Belissimo e tocante poema amigo!
ResponderExcluirFez-me viajar recordações mal enterradas...
Abração!
NOssa, obrigado, não imaginei que tocaria tanto, na verdade é uma música, até já gravada por um cantor local, com algumas adaptações em minha letra original (que é esta)pena que não tenho para te enviar...obrigado pela gentileza e pela poesia...estou meio que abalado, risos. Beijo em seu coração.
ResponderExcluirMeio que abalado?
ResponderExcluirCaro amigo, não te quero provocar problemas...
Risos, não, não há problemas, o abalo é simbólico.
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